domingo, 6 de dezembro de 2015

Grande jogo merecia golos

Três excelentes equipas valorizaram o espectáculo. Um derbie bem jogado, com treinadores ambiciosos e equipas combativas. Só faltaram os golos para que fosse completamente colorido.
Neste jogo ficou provado, mais uma vez, que quando se junta três grandes equipas, só pode sair um grande espectáculo. O Ponte melhorou muito com a entrada do novo treinador, Toninho Mendes, que para além da grande qualidade que tem por todos reconhecida, é ainda muito competente na motivação dos seus jogadores. Pensou só na vitória para tentar sair do lugar incómodo que ocupa na classificação geral. O Pevidém, treinado pelo jovem mas talentoso Vasco Gonçalves, foi a Ponte com o único pensamento de ganhar os três pontos, para continuar na luta pelo objectivo traçado para a época, que é a subida de divisão. Se ganhasse e com uma conjugação de resultados, poderia até subir desde já ao primeiro lugar. A terceira equipa, e que também faz parte do jogo, é a de arbitragem. Também esta quis entrar na festa e exibiu-se a grande altura. Passemos aos detalhes.
O jogo começou com grande intensidade por parte das duas equipas e logo nos apercebemos que iríamos assistir a uma grande partida. Os jogadores quando na posse da bola, não tinham grande pressa de a despachar de qualquer maneira, mas privilegiavam a posse e o passe pela certa. Nunca optaram pelo "chutão" e saíam sempre com a bola jogavel em direcção ao meio-campo adversário. A primeira grande oportunidade de golo aconteceu logo aos 8 minutos e para a equipa de Pevidém. Numa saída rápida, Deco apareceu isolado frente a Paulinho e rematou, mas o guarda-redes com a ponta dos dedos conseguiu evitar o golo, desviando a bola para canto. Seguiu-se um período em que os forasteiros estiveram um pouco por cima do jogo, mas a luta era intensa. Neste jogo, o possuidor da bola não tinha muito tempo para pensar, tal era a rapidez com que se via imediatamente rodeado por adversários na tentativa de a recuperar. Passado este período, o Ponte equilibrou e nunca mais alguma equipa teve superioridade sobre a outra. Os lances de perigo começaram a aparecer alternadamente numa e noutra baliza. Aos 24 minutos, Filipe bem lançado por um seu colega, deixou-se antecipar por Rui Neto que saiu rapidamente da sua área para defender a pontapé. Os lances de ataque foram-se sucedendo numa e noutra área. À passagem da meia hora de jogo, Marcelo poderia ter feito funcionar o marcador, não fosse ter rematado à figura de Rui Neto quando apareceu em boa posição na sequência de um canto a favor da sua equipa. O jogo continuava com alta intensidade, e ora atacava o Ponte ora atacava o Pevidém. Já próximo do intervalo, mais uma vez Filipe a falhar uma daquelas oportunidades que custa a digerir pelos adeptos. Numa altura em que o Pevidém estava balanceado no ataque à procura do golo, na recuperação de bola pelos visitados, é servido Filipe que correu com a bola dominada desde a linha de meio-ampo, e quando Rui Neto sai ao seu encontro tenta desviar mas não acerta na baliza. O falhanço ainda se torna mais incrível, visto que tinha completamente liberto a seu lado Marcelo que finalizaria facilmente. O intervalo chegou pouco depois.
Ambicioso, Toninho Mendes fez logo no início da segunda parte a primeira substituição. Tirou do jogo Gil e fez entrar Renato. Logo aos 5 minutos e na marcação de um livre Armando obrigou Rui Neto a mais uma boa defesa para canto. O jogo continuou a jogar-se a grande ritmo e bastante equilibrado, muito embora os lances de ataque não levassem muito perigo às balizas. Ainda assim, mostrando boa visão de jogo, Ribeiro viu o guarda-redes Paulinho um pouco adiantado e tentou surpreender de longe, mas não acertou com a baliza. O jogo continuou a ser muito bem jogado com todos os intervenientes, privilegiando o Pevidém o jogo trabalhado e com ataque em apoio, e o Ponte com lançamentos especialmente para os seus pontas à procura de bater os seus marcadores directos. Pena foi que Paulinho, que tinha entrado já no decorrer da segunda parte, tenha tido um acto irrefletido pontapeando um adversário sem nada o fizesse prever, tendo em conta a correcção de todos os intervenientes, e recebeu ordem de expulsão por parte do árbitro, deixando os seus colegas em desvantagem numérica. Já mais próximo do final da partida, ainda uma boa oportunidade para Marcelo. Lançado em profundidade apareceu apenas com Rui Neto pela frente mas à saída deste não o conseguiu bater.
De realçar a ambição de todos os intervenientes em ganhar o jogo, muito em especial os dois treinadores que foram fazendo as substituições sempre com a intenção do triunfo e nunca para guardar um ponto. Foi um jogo desde o inicio com grande intensidade, e com excelentes intérpretes.
A divisão de pontos será o resultado mais certo, mas devia ter havido golos das duas equipas. Os espectadores também colaboraram nesta "festa", aplaudindo e incentivando os jogadores e mantiveram um grande respeito mútuo.
O árbitro da partida, Paulo Miranda, e seus assistentes colaboraram e muito para este grande jogo de futebol. Boa presença em campo, bem preparados fisicamentes e critério uniforme técnica e disciplinarmente. Excelente arbitragem.




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