
Jogo morno resolvido de forma frenética já para lá da hora. Diogo Lopes foi o herói do encontro ao assinar o golo que deu o primeiro triunfo ao Pevidém.
Cinco minutos para lá dos noventa, canto a favor do Pevidém: tensão do lado do Urgeses pedindo o final do encontro (já se tinham esgotado os quatro minutos de compensação dados pela equipa de arbitragem); incentivos por parte do Pevidém pedindo um último fôlego.
O jovem Deco bateu o pontapé de canto e a luta no interior da área foi titânica, estavam lá praticamente todos os jogadores. Depois de um primeiro ressalto, Dany tocou curto para Diogo Lopes, que ajeita o esférico e de pé esquerdo dá um toque subtil, que mesmo saindo fraco apenas parou com a bola a bater caprichosamente no fundo das redes.
Festejo interminável, primeiro triunfo selado pelo Pevidém no soar do gongo. Já só houve tempo para cumprir formalidades e enviar a bola ao centro do terreno. Depois da derrota no terreno do Pedralva, o Pevidém estreou-se a ganhar na Divisão de Honra da A.F. Braga.
Duro golpe nas hostes do Urgeses, que perderam um ponto depois de em determinadas fases do encontro até terem sido a equipa mais aguerrida na busca dos três pontos em disputa, através da sua organização defensiva e das rápidas saídas para o ataque.
Emoções fortes no final de um jogo que até começou morno e sem grandes motivos de interesse. As duas equipas vimaranenses encaixaram-se tacticamente, privilegiaram jogar pelo seguro e no erro do adversário, não se registando lances de perigo junto das balizas.
Fruto disso mesmo, nos primeiros quarenta e cinco minutos nenhuma equipa conseguiu um lance de verdadeiro perigo. Remates frouxos e sem grande intencionalidade e pontapés de canto sanados sem dificuldades foi o que Pevidém e Urgeses conseguiram fazer.
No segundo tempo, o figurino alterou-se um pouco. Por duas vezes o Urgeses esteve perto de desatar o dérbi vimaranense averbando dois lances de perigo. Primeiro, aos 57 minutos Vitinha teve uma correria estonteante depois de recuperar a bola a meio-campo, deixou para trás meia equipa do Pevidém e apenas faltou discernimento na hora de bater o guarda-redes André. Aos 76’ Zé Rui atirou ao ferro na cobrança de um livre directo em que André ainda teve de se aplicar para defender para a barra.
Pelo meio, Canudo deu um ar da graça do Pevidém ao aparecer nas costas da defesa do Urgeses, rematando à meia volta a centímetros do poste. O remate de pé esquerdo saiu fora do alcance de Luís, mas também fora do alvo previsto.
Depois de um período mais aberto, com o aproximar do final do encontro as equipas puseram novamente as trancas na porta e voltaram à toada inicial. Assertividade defensiva sem correr grandes riscos voltou a ser a palavra de ordem, até porque pelo menos um ponto já parecia haver na algibeira.
Até que no último lance do encontro, o tal momento que deu cor a uma tarde cinzenta, O Pevidém conseguiu chegar ao golo. Dérbi decidido fora de horas, mas com muito sabor para o Pevidém que vinha de uma derrota na primeira jornada. O Urgeses demonstrou uma face combativa e um modelo de jogo bem definido, que apenas foi traído num lance de bola parada e no último lance do encontro.
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