quarta-feira, 29 de abril de 2015

Instinto de sobrevivência dá goleada

Ponte com a corda na garganta venceu em casa do descontraído Pevidém. Arte do contra-ataque elevou o marcador para números impensáveis. Prevaleceu a lei da sobrevivência. O Ponte, envolvido na luta pela sobrevivência, bateu um Pevidém desafogado e saltou para fora dos lugares de despromoção. A tabela classificativa pesou na exibição das duas equipas, e o Ponte acabou por ser mais incisivo perante um Pevidém a quem faltou convicção. Sem surpresas, à meia hora de jogo a equipa forasteira já vencia por duas bolas a zero. O central Peixoto, que regressou à equipa depois de ter cumprido um longo castigo, movimentou-se bem na área e apareceu sozinho a cabecear ao segundo poste. Armando fez o segundo ao ressacar, pleno de oportunidade, um remate forte de Rocha que o guarda-redes Júlio defendeu como pôde para a frente. Vantagem do crer e da determinação do Ponte, que levou Rui Mota, treinador do Pevidém, a fazer duas alterações logo ao intervalo. A equipa da casa precisava de mais nervo e de mais determinação na hora de armar o seu jogo. O Pevidém até teve mais bola e mais ataques, mas faltava firmeza na hora de alvejar a baliza de Paralta. Luís Faria, capitão do Pevidém, ainda reduziu a desvantagem aos 54 minutos, mas não foi suficiente para fazer abanar o Ponte, que deu uma lição de bem contra-atacar e fez três golos com essa arma no espaço de vinte minutos no segundo tempo. Primeiro foi Diogo a pegar na bola ainda no seu meio-campo para parar apenas com o esférico no fundo das redes. O jovem ainda júnior aguentou a pressão do outro Diogo, do Pevidém, para bater o guarda-redes Júlio quando este lhe saiu aos pés. Três minutos depois de entrar em campo, Dani fez o quarto do Ponte aparecendo igualmente isolado na cara do guarda-redes do Pevidém depois de um bom trabalho de João no meio-campo. João fechou a contagem quando faltavam quatro minutos para os noventa, num golo em que uma vez mais fez todo o meio-campo do Pevidém com o esférico controlado até bater Júlio. Triunfo que não sofre contestação por parte do Ponte, mas com números exagerados. O Pevidém não merecia uma derrota tão pesada, mas apenas se pode queixar de si próprio. Prevaleceu o instinto de salvação do Ponte, que foi mais audaz na luta pelos três pontos. A lei da sobrevivência assim o obrigava e o Ponte volta a respirar fora dos lugares de despromoção. 

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